Está a fazer duas décadas que a Ucanorte XXI se iniciou no negócio da Produção e Venda de Alimentos para Animais. Desde muito cedo que nos preparamos para essa atividade investindo em sistemas de controlo e monitorização da produção e da qualidade, desde o momento em que as matérias-primas chegam à fábrica, até que o produto final é descarregado no silo do cliente. A aquisição do sistema de controlo da produção, a sua atualização, a implementação do sistema de controlo da qualidade, a dotação de recursos técnicos capazes para fornecer um acompanhamento correto aos clientes, são passos dados que solidificaram a confiança dos clientes na nossa capacidade de fornecer um produto de qualidade e adaptado às necessidades de cada um. Por isso, esta área de negócio tem vindo a crescer e a desenvolver-se tendo, nos últimos 3 anos, aumentado mais de 20% o seu volume de vendas.
Porque confiamos na nossa capacidade para continuar a crescer e a responder, de forma profissional, aos desafios que os nossos clientes nos colocam optamos por proceder à substituição do sistema de controlo da produção. Tendo servido fielmente a empresa por mais de 10 anos o sistema de controlo da produção foi substituído pela terceira vez, o que demonstra a dinâmica que a empresa tem demonstrado ao longo dos tempos (Figura 1). Esta nova versão permite-nos aumentar a automatização de todo o processo desde a receção das matérias-primas até à expedição do produto acabado. A automatização do transporte das matérias-primas até ao armazenamento melhora a rastreabilidade e diminui a probabilidade de erros em todo o processo. Atualmente, o fabrico de alimentos para animais está praticamente automatizado na Ucanorte XXI.
O consumo de energia é um custo muito importante e permite, se for minimizado, assegurar a competitividade dos produtos da empresa no mercado. O consumo da moagem representa 16% do total necessário à produção dos alimentos compostos para animais (Koeleman, 2014), sendo ultrapassado somente pela granulação (60%). Por essa razão alteramos o sistema de moagem fornecendo maior capacidade de produção e menor desgaste. Também foi introduzida uma segunda linha de proteção contra a entrada de objetos estranhos no moinho. Com estas alterações aumentamos a segurança do processo de fabrico, diminuímos o consumo de energia do moinho (estimamos em 20%) e alavancamos a capacidade de moagem em mais 30%. Outro aspeto positivo obtido foi a diminuição da temperatura da farinha quando sai para a linha de fabrico devido ao menor tempo de permanência na câmara de moagem.
Obviamente que, se aumentamos a capacidade de fabrico não podemos deixar de tornar adequada a capacidade de expedição. Para nós, o produto rentável é aquele que está a caminho do silo dos clientes, por isso queremos que os graneleiros passem o mínimo tempo possível nas nossas instalações. Com este objetivo automatizamos o transporte do produto acabado e duplicamos a capacidade de armazenamento para expedição. Deste modo, quando o graneleiro chega à fábrica já o produto acabado está preparado para ser carregado. Além disso aplicamos uma báscula para fazer a pesagem imediata do produto acabado no local de carga. A emissão do talão de pesagem é feita no local e aumentamos a informação que ele contém dando maior pormenor acerca do produto e do seu destino final. Com estas alterações a expedição está capacitada para absorver o aumento da capacidade de produção e diminuir o tempo de permanência dos graneleiros na fábrica.
O ritmo com que aparecem novas tecnologias e inovações torna rapidamente obsoleto qualquer processo de fabrico, principalmente numa área dinâmica como a alimentação animal. Contudo, esta atualização permite-nos enfrentar os próximos anos com ânimo e confiantes no nosso produto. Com ela conseguimos maior eficiência na produção, maior segurança para os nossos clientes e maior responsabilidade ambiental perante a sociedade. Sabemos, pelo presente, que estamos bem preparados para os próximos anos, mas também sabemos, pelo passado, que continuaremos de olhos postos na inovação e abertos a qualquer alteração que seja necessária para solidificar ainda mais a confiança que os clientes depositam em nós.
Diogo Salgueiro, Ucanorte XXI